Théo sabe que a cidade também é dele

Ocupação cultural. Théo já sabe o que é isso e também que se apropriar dos espaços públicos faz parte da cidadania. Ele já pintou amarelinha com spray no chão, fez desenhos pelos bancos da praça com giz e ajudou a recolher cartazes e faixas sinalizadoras jogadas pelo chão.

Passar pela praça faz parte dos passeios com a cachorra e do nosso dia a dia. E ele também usa, ainda, os brinquedos do parquinho. “Pena que eu não sou mais tão novo pra ficar brincando”, ele disse outro dia. Mas logo depois estava entre os balanços e o escorregador com outras crianças.

Quando um amigo vai junto eles levam bola para jogar, brinquedos e também costumam fazer a brincadeira com a garrafa de água. O objetivo é fazer com que a garrafa faça uma pirueta no ar e caia perfeitamente em pé. Quando eles conseguem, é uma farra.

No dia em que fui para o hospital para o nascimento do Théo, escrevi um bilhete em que terminava dizendo que o mundo já era dele. Nove anos depois, é muito bom perceber que ele está se dando conta disso, a começar pela praça.