Tem um baterista na orquestra!

Finalmente a primeira postagem do ano. Estive com o Théo no Concerto de Abertura da Temporada 2017 da Orquestra Sinfônica do Conservatóriode Tatuí, em 22 de fevereiro. Depois de alguma relutância, resolvi levá-lo, mesmo sabendo que havia um grande risco de ele ficar entediado durante toda a noite.

A programação começou com a “Serenata para sopros KV 375”, de Mozart. Foram quatro atos, executados após uma ótima apresentação do regente João Mauricio Galindo, que descreveu brevemente cada um deles. Os oito músicos
tocaram sozinhos e ele explicou que nesse caso a regência não seria necessária. Foi uma ótima apresentação, que possibilitou identificar os diferentes sons de cada instrumento de sopro, conforme também foi mencionado pelo regente.


Até aí, o Théo estava começando a ficar incomodado e com sono. Então foi a vez de entrar em cena o percussionista Jeferson Oliveira, solista da execução de “Concerto para percussão e orquestra de câmara op. 109”, de D. Milhaud. Eu nunca tinha ouvido falar desse compositor e gostei de saber que ele viveu no Brasil e foi amigo de Heitor Villa-Lobos.


Aliás, essas breves palestras antes dos concertos são uma atração a mais no Conservatório de Tatuí. Além da fruição das apresentações, sempre saímos com algum novo aprendizado de lá.

A apresentação começou e quando o percussionista entrou em cena o Théo não se segurou. “Nossa, que legal!”, ele disse. Ficou impressionado com a quantidade de instrumentos e com a destreza do músico em tocar todos eles. E tudo de cabeça. Eu também nunca tinha assistido a um concerto com um percussionista solista e achei bárbaro.

A programação encerrou com a execução da Sinfonia no 4, de Schubert. Até que o Théo aguentou bem até o final e com certeza a experiência valeu muito. Para ele e para mim também. Que 2017 seja um ano musical e cheio de descobertas!

*As fotos são de Paulo Rogério Ribeiro/Conservatório de Tatuí.

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