Medo de carranca

Em 2015, a turma do Théo na escola teve uma missão que exigiu criatividade e um esforço de todo o grupo para elaborar paródias de cantigas populares. No decorrer do ano, o Théo apareceu cantando algumas pérolas, como “O girassol brigou com a margarida”.

A música que o Théo parodiou foi “Boi da cara preta”. Eis a nova versão:

“Boi, boi, boi
Boi da cara branca
Pega essa menina que tem medo de carranca.”

As carrancas sempre chamaram a atenção do Théo. Desde as maiores, que ele já viu em quiosques e restaurantes, até as pequenas, como as duas que temos em casa. Uma delas foi ele que pediu de presente, no aeroporto de Salvador, há alguns anos.

Na escola, muitos não conheciam a palavra e coube ao Théo explicar o que significa carranca. Quando mais novo, ele dizia que elas tinham aquela cara meio assustadora para espantar os mosquitos. “Eu tinha pensado em outras cores antes, mas achei que o melhor era usar branca rimando com carranca”.

Em casa, assistimos a alguns vídeos que explicam a origem das figuras, associadas a misticismo e, às vezes, até temidas. Na verdade, as carrancas surgiram como decoração para chamar a atenção, em embarcações que circulavam pelo Rio São Francisco, no nordeste brasileiro.

A crença popular, no entanto, acredita que uma carranca espanta os maus espíritos e a inveja. Por esta razão, recomenda-se que elas sejam posicionadas viradas para a porta da casa ou estabelecimento onde forem colocadas.

O vídeo a seguir, um programa da TV Juazeiro, conta um pouco dessa história.

 

Feliz 2016, meninos e meninas! 
Sem medo de careta nem de carranca!