Sim City de papelão

Inventar com sucata sempre fez parte das brincadeiras do Théo em casa. Eu nem disfarcei a satisfação quando, em um sábado chuvoso, ele acordou e veio com a sugestão: “Vamos fazer alguma coisa com sucata hoje?”
Nesses tempos de tablet, jogos on line, videogames e programação infantil variada na TV (Cartoon, Nickelodeon e filmes de super heróis), achei uma ótima ideia. 
Ele gosta de jogar e assistir TV como a maioria das crianças. Não vejo problemas e até assisto alguns filmes com ele, em sessões com direito a pipoca. Mas não quero que ele deixe de brincar, por isso a satisfação com a iniciativa dele em fazer outra coisa dentro de casa.
Juntamos o material - uma caixa cheia de caixas menores, potes, tintas e pincéis - e uma cidade começou a surgir. Escola, prédio, casas e empreendimentos começaram a ganhar forma. Carrinhos e caminhões foram incorporados. Aos poucos, o Théo foi lembrando de coisas que uma cidade precisa para funcionar e a principal referência era um jogo eletrônico. Como os três veículos couberam na mesma caixa, passaram a compartilhar da mesma "construção" polícia, bombeiros e loja de materiais de construção.
“No Sim City, é importante ter energia e água e as pessoas sempre pedem parques”, lembrou. Então providenciamos postes e fios elétricos e ele também fez um lago. “Aqui tem água e também pode ser uma área de lazer”, sugeriu.
Com o rápido crescimento da cidade de sucata, vieram também algumas preocupações. “Logo vai ficar como São Paulo, bem cheio de carros, daí vai ter poluição e eu vou ter que resolver”. Esse é o prefeito Theodoro.


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