As coisas que não existiam até o Théo inventá-las




Um motoguete e um foguetomem. Invenções do Théo na primeira vez em que visitamos o “Ateliê aberto para invenção do inexistente”, na Trienal de Artes do SescSP - Frestas. Com pedacinhos de madeira, fios de lã e muita fita crepe, as criações dele ganharam forma. Tudo a partir da vontade de voar.
No mesmo dia, ele desenhou um castelo onde gostaria de morar, com um fosso cheio de crocodilos em volta e acesso a um campo de futebol privativo. “Me ajuda a fazer um túnel igual ao do Morumbi, mãe?”.
Na segunda vez em que estivemos no ateliê, fizemos desenhos “invisíveis”. O Théo desenhou o brasão do São Paulo Futebol Clube. Depois veio outra proposta: fazer um desenho que contemplasse um animal, um objeto e um sentimento. O Théo pegou as palavras borboleta, pincel e alegria e eu tive que desenhar um jacaré, esperança e um relógio. Nos divertimos muito. Cada um fez seu desenho e depois eu pintei o dele e ele pintou o meu. 
Em outra ocasião, o Théo deveria pegar uma palavra inventada pelos educadores, dar a ela um significado e desenhá-la. Zãibo virou um super-herói. As invenções continuaram quando chegamos em casa, nesse dia, e ele usou as moedas do cofrinho para desenhar um boneco no colchão.

Na visita mais recente ao ateliê, criamos um personagem a que ele deu o nome de Fantasmão. Ele também inventou uma história sobre ele. "O que seria do mundo sem  as coisas que não existem?" Tinha um adesivo com essa pergunta no elevador. "Seria chato", o Théo disse. 

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