Théo já assistiu dezenas de vezes ao filme “Coraline e o mundo secreto”. Neste longa de animação, a menina é atraída por um mundo paralelo onde tudo parece mais interessante do que na vida real e a passagem se dá por uma porta pequena dentro da casa onde mora com os pais.
Questões delicadas são abordadas de forma lúdica no filme. No mundo secreto, Coraline encontra "clones" do pai e da mãe, que não precisam trabalhar e fazem todas as suas vontades. Quem quiser saber mais terá que assistir ao filme.
Quando fomos para Natal e dissemos para o Théo que voltaríamos para casa depois de alguns dias, ele disse que lá era nosso mundo secreto e que a portinha era maior, afinal ele não foi até lá sozinho mas levou seus pais de verdade...Foi em um restaurante de Natal que ele desenhou a porta que liga os dois mundos. Quando visitamos lá o Centro Cultural Casa da Ribeira, que tem diversas portas na frente e por isso testamos algumas antes de acertar, ele disse que aquela era a porta do mundo secreto.
Ele escolheu muito bem o mundo secreto dele. "Que delícia de praia!", repetiu algumas vezes, enquanto brincava na beira do mar.
De volta a São Paulo, levei ele para nosso passeio costumeiro até a livraria Fnac, para que eles escolhesse mais um livro. No caminho, ele ficou encantado com as peças de um artesão que vende, entre outros trabalhos, libélulas de bambu que se equilibram em suportes ou mesmo nas mãos de quem as segurar. “Olha mamãe, parece os bichinhos da Coraline”, disse, se referindo às libélulas de madeira que a personagem tem penduradas na cama e que, no mundo secreto, ganham vida. É claro que ele ganhou uma.
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