A caixa de papelão, as tintas, a imaginação




Tudo começou quando a tia Estela trouxe para o Théo, de presente, pistolinhas para pintar. Já na volta no aeroporto, em um posto de gasolina, vi caixas de papelão enormes largadas em um canto e pedimos se poderíamos levar uma delas. Foi difícil dobrar para caber no carro, mas o esforço valeu em dobro, ou melhor, valeu triplamente.
O primeiro uso do papelão foi como uma grande tela de pintura esticada no chão, onde o Théo estreou as pistolinhas com muitos respingos coloridos, dos dois lados.
Depois, percebemos, eu e ele, que se dobrássemos a caixa teríamos um túnel. Ele se divertiu muito passando por dentro, jogando as bolas de um lado para outro e até se escondendo lá.
Mas a diversão estava só começando. De repente ele me pediu para fazer uma Casa Monstro com a caixa. E não é que deu certo? Mal eu tinha acabado de montar, ele orientou onde deveriam ser os olhos e a boca e pediu que eu providenciasse uma "língua". O resultado foi que a caixa logo ficou cheia das "vítimas" que ele buscou no quarto. Depois pegou uns banquinhos, equilibrou vassouras em cima e disse que eram os "braços" da casa. Hoje ele mal acordou e já disse: "Mamãe, vamos brincar na minha casa monstro?". Mas ele não tem medo dela. "É só de brincadeira, né?".

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